Como a avaliação de risco auxilia no controle da saúde da população?
Para avaliar os impactos e as consequências do desastre do rompimento da barragem B1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, no ambiente natural e no meio biótico, cada subprojeto do Projeto Brumadinho UFMG tem sua particularidade, a fim de compreender todas as áreas envolvidas.
O subprojeto 26 tem como propósito principal a determinação da presença e concentração de metais e metalóides que possam estar nas vísceras e musculatura de peixes - sendo esses elementos coletados na bacia do Rio Paraopeba.
De acordo com Flávia Beatriz Custódio, coordenadora do subprojeto 26 e especialista na análise de risco em alimentos, ``Essa área visa identificar a presença desses contaminantes nos alimentos e avaliar o impacto dessa presença na saúde da população``. Para ela, a área de avaliação de risco de contaminantes em alimentos envolve dois pontos críticos principais, sendo o primeiro a capacidade, análise, quantificação e identificação das substâncias nos alimentos, enquanto o segundo é o modo em que a população é exposta a esses contaminantes.
Mas o que é exatamente a avaliação de risco?
A toxicologia analisa os efeitos prejudiciais de substâncias em organismos vivos, fornecendo uma base científica para compreensão de suas consequências danosas. Esse método leva em consideração não apenas a toxicidade do agente, mas também os dados de exposição e os dados de toxicidade, utilizando de maneira integrada as informações disponíveis quanto à potencialidade tóxica. Assim, para além da identificação e compreensão, tal análise previne futuros problemas e possibilita o tratamento em primeiros estágios.
Para o Projeto Brumadinho, a identificação toxicológica nos peixes será um processo fundamental para a identificação dos possíveis riscos sofridos pela população atingida pelo rompimento da barragem. Isso porque as pessoas podem entrar em contato com as substâncias tóxicas de inúmeras maneiras, como, por exemplo, pelo ar, pela água, pelo contato com o solo ou pelo consumo alimentício. Assim, após a identificação, é essencial a orientação da população frente aos riscos, como o consumo dos peixes, que será analisado pelo Subprojeto 26. Na UFMG, dentro do Projeto Brumadinho, existe uma estrutura adequada para a realização das demandas, capacitando os pesquisadores a cumprir suas tarefas e avaliar os riscos de maneira adequada.
Quer saber mais sobre o Subprojeto 26? Continue acompanhando o Projeto Brumadinho!
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